Borracha made in Brasília vira matéria prima para estilistas
Materia que saiu sobre o meu trabalho com a borracha no site de moda Finissimo: http://www.finissimo.com.br/radar/2007-01-21/22.01.2007
Autora: Gabriela Walker
Fotos: Flavia Amadeu e Andre Carvalho
Um novo tipo de borracha da Amazônia está sendo produzido pelo laboratório de tecnologia química da Universidade de Brasília – UnB e tem agradado designers de tudo que é tipo. Aquela borracha amarelada e sem graça, natural dos seringais, cede espaço a uma muito mais lucrativa. Graças a aditivos e processos químicos, a borracha pode ser produzida de várias cores, com possibilidade até de receber estampas durante a produção.
Tudo isso já está sendo feito nos seringais e cada folha da nova borracha é vendida com um lucro de cerca de R$ 2 a mais do que a tradicional, uma ajudinha significativa na renda dos seringueiros. E já existem estilistas com a mão na massa, produzindo desde de brincos, colares, bolsas e artesanatos, a até mesmo peças de roupa.
A estilista Flavia Amadeu foi uma das primeiras a produzir usando a borracha e conta um pouco sobre a sua experiência. “Eu passei cerca de seis meses no laboratório. Fiz vários acessórios, bolsas e artesanatos. Usei a borracha no meu trabalho de mestrado e agora vou lançar uma coleção onde eu só uso borracha, nada além disso!”
O professor Floriano Pastore é o responsável pelas pesquisas feitas com a borracha da Amazônia. Feliz da vida com o sucesso que está conseguindo, contou ao Finíssimo um segredinho que será lançado na próxima quarta-feira na São Paulo Fashion Week. Quentíssimo.
A grife Osklen firmou uma parceria com o laboratório e, segundo o professor, irá usar muita borracha desenvolvida aqui em Brasília na próxima coleção Amazon Guardians,movimento urbano a favor da preservação da biodiversidade amazônica e contra o aquecimento global, tema que a Osklen leva à passarela no dia 24. Vamos aguardar para ver a receptividade da tecnologia colorida desenvolvida em Brasília.
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